Em 16 de novembro de 1996 o Departamento de Defesa dos
E.U.A. anuncia que a Boeing e a Lockheed Martin são os escolhidos, para
competir na fase de concepção e desenvolvimento, com a Pratt and Whitney a
fornecer apoio na propulsão. Boeing e Lockheed, recebem um contrato para a
construção de dois Protótipos que em voos de teste, competiram para demonstrar
os respectivos conceitos para as três variantes do programa. Em outubro de 2002
o Departamento de Defesa selecionou o projeto da Lockheed como vencedor da
competição, que entra de imediato na fase de desenvolvimento e demonstração . A
Lockheed para a aeronave, a Pratt and Whitney para o motor do avião, recebem
contratos como principais empreiteiros para a fase de produção. A General
Electric também recebe fundos para a continuação dos seus esforços técnicos no
desenvolvimento de um motor alternativo.
Primeiro voo do Modelo F-35A em 15 de dezembro de 2006
Primeiro voo do Modelo F-35B em
11 de junho de 2008
Primeiro voo do Modelo F-35C em 6 de junho de 2010
O F-35 é especifico e especialmente projetado para dar
resposta à substituição dos modelos:
- A-10 Thunderbolt II e F-16 Fighting Falcon da Força Aérea
dos Estados Unidos
- F/A-18 Hornet da Marinha dos Estados Unidos
- AV-8B Harrier II e F/A-18 Hornet do Corpo de Fuzileiros
Navais dos Estados Unidos
- Harrier/Sea Harrier GR.5/7/9 da Força Aérea e Marinha do
Reino Unido
Lockheed F-35 Lightning II interiormissile |
Uma das maiores dificuldades deste projeto era desenvolver
uma plataforma que conseguisse suportar quatro aeronaves com funções distintas,
sendo que uma delas fosse capaz de descolagens curtas e aterragem verticais
(STOVL), e voar a velocidades supersónicas. De fato, o F-35B será o primeiro
caça com características STOVL e supersónico a entrar em serviço operacional,
(o primeiro foi o russo Yakolev Yak-141, desenvolvido no início dos anos 90,
porém ele foi cancelado).
Os requisitos são complexos e exigentes. Deve possuir uma
alta taxa de sobrevivência e letalidade em combate, capaz de operar em
ambientes austeros, de fácil e reduzida manutenção com baixos custos e ao mesmo
tempo acessível de adquirir.
Motores
Os motor F-135, fabricado pela Pratt & Whitney e o
F-136, fabricado pela Fighter Engine Team um consórcio composto pela General
Electric e Rolls-Royce, são os motores que as aeronaves F-35 podem utilizar. São os turbo-fans mais potentes que existem. Os
motores utilizam partes comuns e são intercambiáveis.
Engine F-35 |
Um motor adicional, cujo desenvolvimento e produção está a
cargo da Rolls-Royce, é presente na versão STOVL para habilitar o Lift System.
F-135
O F-135 é uma evolução do bem sucedido F-119 que propulsiona
o F-22 Raptor (mas não está habilitado para supercruise, como o F-119)
acumulando já mais de 1 milhão de horas de voo em apoio da entrada em serviço
operacional prevista para 2012. Utiliza um ventilador de três estágios, um
compressor de seis fases, um combustor anular, uma turbina de alta pressão de
estágio único e uma turbina de baixa pressão de 2 estágios. O primeiro teste
para a versão convencional do F-35 aconteceu em outubro de 2003, em 10 de abril
de 2004 aconteceu o primeiro teste para a versão STVOL.
Engine F-35 |
F-136
General Electric e Rolls-Royce são a equipa construtora do
F-136, que se encontra em pré fase de desenvolvimento e demonstração, um ano de
atraso em relação ao seu concorrente, trata-se de um desenvolvimento a partir
de motores previstos para anteriores programas. O motor consiste num ventilador
de três estágios, uma turbina de baixa pressão com três estágios, compressor
com três estágios e uma turbina de alta pressão com um único estágio. O
primeiro teste para a versão CTOL ocorreu em 22 de julho de 2004, e o primeiro
teste para a versão STOVL em 10 de Fevereiro de 2010.
Turbina de elevação (lift-fan) do F-35B |
Desde 2002, ano em que começou o programa de desenvolvimento
do motor F-135 que têm havido aumento de custos. No ano fiscal de 2002 era
esperado um custo global de desenvolvimento, no valor de US$ 4.8 mil milhões.
Em 2008 o responsável pelo programa do F-35 anunciou que os custos tinham
crescido para um valor equivalente a US$ 6.7 mil milhões um aumento de cerca de
38%.
Reciprocamente, no programa concorrente F-136 os custos têm
se mantido estáveis desde o início, não indiciando qualquer aumento. Contudo
desde que no ano fiscal de 2005 recebeu a verba de 2.5 mil milhões, nunca mais
recebeu fundos do orçamento de estado para desenvolvimento. No entanto e desde
então o congresso tem assegurado anualmente fundos para a continuação do
desenvolvimento, bem como para não defraudar as expectativas dos parceiros
internacionais.
Custos do Programa JSF
Em 31 de Dezembro de2007 o total estimado de custos de
aquisição do programa F-35, foi de aproximadamente US$ 250 bilhões, incluindo
cerca de US$ 47,1 bilhões em custos de investigação e desenvolvimento, cerca de
US$ 198.4 bilhões em custos de aquisição, e aproximadamente US$ 4.96 bilhões em
custos de construção militar. Desde 2002 o total estimado dos custos de
aquisição, aumentou aproximadamente US$ 100 bilhões, devido principalmente à
extensão por um ano da fase de desenvolvimento e demonstração , atraso de um
ano no início dos contratos, passando do ano fiscal de 2006, para o ano fiscal
de 2007, fazendo com que os custos da derrapagem financeira se refletissem no
desempenho do desenvolvimento do programa F-35. Nestes valores não estão
incluídos os custos de aquisição, referentes às várias centenas de aviões que
serão comprados pelos restantes parceiros internacionais do programa.
No ano fiscal de 2009 o programa recebeu um total de US$ 44
bilhões, distribuídos por, pesquisa e desenvolvimento US$ 37 bilhões, custos de
aquisição US$ 6.9 bilhões e US$ 150 milhões para construção militar.
Comparativa entre o preço por unidade do F-35A/B/C e o preço
final dos modelos que vão ser substituídos, comparativo também com o primeiro
caça-bombardeiro furtivo o F-117 Nighthawk.
Modelo Preço
Final
F-16A/D → US$ 28M
F-117A →
US$ 73M
AV-8B →
US$ 42M
F-18A/D → US$ 54M
F-35A
→ US$ 74M
F-35B/C → US$ 97M
Os valores apresentados são em milhões e os valores dos três
modelos do F-35 são estimativas assumidas no orçamento do ano fiscal de 2008.
Aeronaves
F-35A CTOL -
Descolagem e aterragem convencional
Este caça de 5ª geração de operação convencional, furtivo,
supersónico e habilitado para uma variedade de missões, possui uma capacidade
extraordinária de aceleração e execução de manobras certificada até 9 G. O
enorme poder de processamento instalado aliado a sensores eficazes, tornam o
F-35 um potente coletor e transmissor de dados numa vasta rede de informações.
É assim uma excelente e indispensável ferramenta na defesa da soberania.
F-35B STOVL -
Descolagem curta e aterragem vertical
Cada vez mais se colocam novos desafios de segurança, que
exigem uma ampla distribuição de forças, capacitadas para intervir numa
variedade alargada de cenários. A capacidade STOVL habilita o F-35B para operar
numa multiplicidade de locais, como navios, estradas e bases aéreas rústicas. A
operação STVOL tornou-se possível devido à utilização do sistema de propulsão
patenteado "shaft-driven LiftFan", que em termos simplificados é a vetorização
do fluxo de impulso através de eixos e ventoinhas, para partes distintas da
aeronave. Esta abordagem supera muitos dos desafios de temperatura, velocidade
e potência, colocados aquando da utilização de sistemas de elevação direta. Os
principais utilizadores são os Fuzileiros Norte-Americanos, a Força Aérea e
Marinha do Reino Unido e a Marinha Italiana.
F-35 Joint Strike Fighte |
F-35C CV - versão
para uso em Porta-Aviões
É o primeiro avião furtivo e optimizado para uso naval ao
serviço da Marinha Americana. Asas e superfícies de controlo maiores e a adição
de ailerons na ponta das asas, proporcionam ao piloto do F-35C uma maior
estabilidade e precisão na fase final de aproximação ao porta-aviões. O F-35C
possui ainda, uma estrutura interna e trem de aterragem reforçado, compatível
com as forças exercidas durante os lançamentos por catapulta e aterragem usando
cabos de retenção.
Especificações:
Tripulação: 1
Comprimento: 51,4 pés (15,67 m)
Envergadura : 35 pés (10,7 m)
Altura: 14,2 pés (4,33 m)
Área da asa: 460 pés ² [ 189 ] (42,7 m²)
Peso vazio : £ 29.300 (13.300 kg)
F-35 |
Peso carregado: £ 49.540 (22,470 kg)
Max. peso de decolagem : 70.000 £ (31,800 kg)
Powerplant
: 1 × Pratt & Whitney F135 afterburning turbofan
Empuxo
seco: 28.000 lbf (125 kN)
Thrust com
afterburner : 43.000 lbf (191 kN)
Capacidade interna de combustível: £ 18.480 (8,382 kg)
Execução
Velocidade máxima : Mach 1.6 (1.200 mph, 1.930 kmh
Faixa : 1.200 milhas náuticas (2,220 km) em combustível
interno
O raio de combate : 584 milhas náuticas (1.080 km) em
combustível interno
Teto de serviço : 60.000 pés (18.288 m)
Taxa de subida : classificados (não acessível ao público)
Asa de carga : £ 91,4 / ft ² (446 kg / m²; 526 kg/m2
carregado)
Pressão / peso :
Com combustível cheio: 0,87
Com o
combustível 50%: 1,07
g de Limites: 9 g
Armamento
O armamento usado pelo F-35 resulta da combinação de vários
vectores que podem ser transportados internamente, para o que estão disponíveis
dois porões, ou externamente onde existem quatro pontos de sustentação sob as
asas, asas essas que possuem mais dois pontos de sustentação ligeiros e apenas
dedicados a mísseis ar-ar (AIM). O armamento é comum às três versões, quase na
sua totalidade e pode ser combinado da seguinte forma:
Interno
2x AIM-120C AMRAAM ou
2x AIM-132 ASRAAM e
2x AGM-154 JSOW ou (excepto F35B)
2x Brimstone ou
2x GBU-12 Paveway LGB ou
Cockpit F-35 |
2x GBU-31/32/38 JDAM ou
8x GBU-39 SDB ou
2x CBU-87/89 CBU ou
2x CBU-103/104/105 WCMD
Externo
AGM-65 Maverick
AGM-88 HARM
AGM-158 JASSM
Storm Shadow
GBU-10 de dezembro de 2016/24 LGB
GBU-31 JDAM
Mk 82/83/84
GP
CBU-99/100
Rockeye II
- Em suportes dedicados:
2x AIM-9X Sidewinder ou
2x AIM-120B/C AMRAAM
F-35 Lightning II |
F-35B |
F-35 Helmet Mounted Display System |
Vídeo F-35